quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Dedicatória

Quem foi que disse que eu escrevo para as elites?

Quem foi que disse que eu escrevo para o bas-fond?

Eu escrevo para a Maria de Todo o Dia.

Eu escrevo para o João Cara de Pão.

Para você, que está com este jornal na mão...

E de súbito descobre que a única novidade é a poesia,

O resto não passa de crônica policial – social – política.


E os jornais sempre proclamam que “a situação é crítica”
!
Mas eu escrevo é para o João e a Maria,

Que quase sempre estão em situação crítica!

E por isso as minhas palavras são quotidianas como o pão nosso de cada dia.

E a minha poesia é natural e simples como a água bebida na concha da mão.


Mario Quintana.

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